sexta-feira, 21 de novembro de 2008

AUTOEUROPA "dispensa" trabalhadores...

Autoeuropa «dispensa» temporários durante um mês sem salário
Mais de 200 trabalhadores da Autoeuropa contratados a agências de trabalho temporário vão parar durante um mês, sem direito a salário, porque não estão abrangidos pelo acordo de empresa de 2003, revelou António Chora, da Comissão de Trabalhadores. «Mais de 200 trabalhadores temporários, das agências de trabalho temporário, já receberam uma carta a dizer que vão ser dispensados em metade do mês de Dezembro e metade do mês de Janeiro de 2009, sem receber salário, o que é preocupante numa altura natalícia» , disse à Lusa o Coordenador da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa. A administração da Autoeuropa precisou, no entanto, que vai prescindir de 145 trabalhadores das agências de trabalho temporário (e não de 200, como referiu o Coordenador da Comissão de Trabalhadores). Para além sofrer os efeitos negativos da crise financeira mundial, a fábrica de Palmela depende também das decisões que forem tomadas pela direcção mundial da Volkswagen. O coordenador da Comissão de Trabalhadores acredita que em 2009, apesar das dificuldades, não haverá problemas de maior para os trabalhadores efectivos uma vez que o acordo de empresa celebrado em 2003 já previa a possibilidade de paragens laborais em função das condições do mercado. «Estamos a aguardar as decisões da direcção mundial da Volkswagen sobre o que vai ser o próximo ano, mas, em relação aos trabalhadores efectivos não temos nenhuma preocupação de maior» , disse António Chora. O representante dos trabalhadores adiantou que, neste momento, é mais preocupante a situação dos trabalhadores de outras empresas instaladas no Parque Industrial da Autoeuropa. «Mandámos um fax ao senhor Ministro da Economia para sermos recebidos, juntamente com as comissões de trabalhadores do parque industrial da Autoeuropa e da Renault, em Cacia, para sermos ouvidos sobre a situação (do sector automóvel), tal como foram os empresários» , acrescentou. «Gostaríamos de fazer sentir a nossa preocupação em relação às propostas que estão a ser feitas por alguns empresários, nomeadamente as questões relacionadas com a suspensão dos pagamentos para a segurança social. Pensamos que isso é descapitalizar a Segurança Social» , acrescentou António Chora. As questões do «aceleramento do lay-off, sem prévia negociação e sem melhoria das condições dos trabalhadores» e a posição de muitos empresários do sector, «que pedem subsídios por tudo e por nada», são outras questões que os representantes dos trabalhadores gostariam de discutir com o ministro da Economia, Manuel Pinho. «Pensamos que os subsídios devem ser atribuídos para formação e para manter empregos e não para a ajudar a aniquilá-los» , concluiu António Chora.


P.S. - Comentário do Secret. Distrital dos TSD/Guarda:
Convém relembrar o seguinte: PESO DA AUTOEUROPA
Esta Empresa representa 2% do PIB português e 10% das exportações nacionais. Emprega mais de 3200 trabalhadores......

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

BPN - E os Direitos dos Trabalhadores???


Muita coisa já foi dita sobre o BPN, mas há um preocupante silêncio quanto ao futuro dos cerca de 3.000 trabalhadores que estão empregados no Grupo SLN – Sociedade Lusa de Negócios. Os TSD reclamam que sejam respeitados e garantidos os direitos daqueles que trabalham no grupo, a começar pela manutenção dos seus postos de trabalho. Aqueles que deram o seu melhor esforço profissional ao serviço das empresas do grupo, não podem ser as grandes vítimas da incompetência e dos crimes cometidos por quem foi responsável pela gestão do Banco. Os TSD apelam à Caixa Geral de Depósitos, tendo em conta as especiais responsabilidades que tem neste processo, que valorize adequadamente a dimensão social deste caso, em ordem a evitar mais desemprego. Os TSD manifestam também a sua perplexidade com as operações financeiras que a Segurança Social tem feito com o BPN. Com a gestão de Oliveira e Costa, a Segurança Social tinha 500 milhões de euros depositados no BPN. Chegou Miguel Cadilhe para moralizar a situação e o Governo, em vez de apoiar aqueles que se propunham salvar o Banco, apertou-lhe o garrote retirando-lhe 300 milhões de euros e reduzindo-lhe assim a sua liquidez. Agora, com o BPN nacionalizado, ocorre novo e significativo depósito da Segurança Social. Estes movimentos são estranhos e até levam a pensar que o Governo actuou no sentido de agravar as dificuldades da equipa de Miguel Cadilhe, para ter uma “situação dramática” que impusesse a nacionalização do Banco. Há que reconhecer que, em termos políticos, a nacionalização do BPN foi e está a ser muito útil ao PS e ao Governo.

Lisboa, 12 de Novembro de 2008
Secret. Nacional

sexta-feira, 7 de novembro de 2008