sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Menos 21 na DURA Automotive-Guarda

Mais 21 dispensados nesta empresa de componentes para automóveis sediada em Vila Cortez do Mondego. Segundo a Delegada Sindical, Sandra Sousa, isto deve-se à diminuição de encomendas que está directamente relacionada com a crise automóvel! A DURA, com cerca de 170 trabalhadores, dispensou estes trabalhadores, havendo neste grupo uns mais antigos (alguns entrariam já no próximo ano para o quadro), que terminavam os contratos em Novembro. Segundo conseguimos apurar, haverá mais 10, que segundo a Empresa , estarão "a mais"! Nos próximos tempos, serão reduzidos alguns dias de trabalho por semana. É mais uma situação triste que está a acontecer neste interior do País já tão depauperado. É muito complicado para aquela zona onde está inserida aquela unidade fabril (que já foi bastante importante para aquela zona e que chegou a ter cerca de 300 trabalhadores, todos no quadro, quando foi adquirida à FEMSA/BOSCH), pois as hipóteses de arranjarem novo emprego, são poucas ou nenhumas! De Celº. da Beira até à Guarda não há mais Indústrias e/ou Comércios, para absorver estes trabalhadores, jovens numa grande maioría. Os TSD/Guarda estão solidários com os trabalhadores desta Empresa e esperam que as autoridades locais, se sentem à mesma mesa, com patrões, sindicatos, comissões de trabalhadores, organizações de trabalhadores, representantes dos partidos políticos, para tentarem em conjunto, encontrar soluções para minimizar esta crise. DELPHI, Hotel TURISMO, BP, BEIRALÃ, EFILÃ, JOPILÃ, DURA, são empresas com despedimentos e/ou dispensados já concretizados ou na "forja" !!!!

A. R. Antunes

Protesto dos alunos do Inst. Politécnico da Guarda

Estudantes do Instituto Politécnico da Guarda manifestaram-se nas ruas principais da cidade contra a actual política do Ministério da Ciência, da Tecnologia e Ensino Superior na área da acção social que consideram injusta e penalizadora dos alunos mais carenciados. Cerca de centena e meia de alunos empunhando cartazes liderados por Marco Loureiro, presidente da Associação Académica da Guarda (AAG), protestaram conta o que afirmam ser “injustiça face à fórmula de cálculo para atribuição da bolsa social de estudo” que este ano lectivo entrou em vigor”. Segundo Marco Loureiro o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, decidiu que o cálculo da atribuição das bolsas passou a ser feito pelo valor líquido anual do agregado familiar “multiplicado por catorze meses, incluindo o subsídio de férias e o de Natal” o que classificou ser inaceitável e prejudicial para os estudantes e suas famílias. Defende que “a fórmula mais justa seria aquela que apresenta a multiplicação apenas pelos doze vencimentos anuais e não acrescentada pelos dois subsídios, que deverão ser vistos como um extra para o agregado familiar e não sujeitos a deduções”. Marco Loureiro lamentou que pelo menos 25 alunos do IPG “ficaram sem a bolsa de estudo” em consequência da referida alteração e que outros viram o seu valor reduzido em relação ao ano anterior, situação que disse poder comprometer a continuidade dos estudos” pelo que exige que seja alterada a lei, esta medida encarece ainda mais o já ensino académico” Frisou que “o ensino académico é caro e esta medida torna-o ainda mais caro” e cria problemas “nos bolsos dos pais dos estudantes”. O presidente da Associação Académica da Guarda referiu que existem casos em que alunos viram reduzida a sua bolsa de estudo de 230 para 115 euros como o caso de Cláudia Lourenço, aluna do segundo ano do curso de Comunicação e Relações Públicas, natural de Viseu que admitiu a hipótese de abandonar os estudos, por dificuldades financeiras ou a situação de .Carla Leite, que estuda no quarto ano do curso de Enfermagem, natural do Porto, cuja bolsa “baixou cerca de 50 euros”. A manifestação dos estudantes que decorreu a pé entre o IPG e o Governo Civil da Guarda culminou com a entrega de um “abaixo assinado” à Governadora Civil da Guarda, Maria Carmo Borges, dirigido ao ministro mariano Gago referindo que “nos últimos anos, o Governo apresenta sucessivamente nos seus Orçamentos de Estado aumentos destinados à Acção Social para o Ensino Superior Universitário e Politécnico. Porém, esse investimento não é o suficiente face às despesas excessivas e constantes que os Estudantes têm com a educação no seu percurso académico”
Consideram “injusta a fórmula de cálculo para atribuição da bolsa social de estudo, cujo valor líquido anual do agregado familiar é multiplicado por catorze meses, incluindo o subsídio de férias e o de Natal para a estatística de vencimento (VL (vencimento líquido) * 14 – SR (Subsídio de refeição) *11) ”. O documento adianta que “a fórmula mais justa seria aquela que apresenta a multiplicação apenas pelos doze vencimentos anuais e não acrescentada pelos dois subsídios, que deverão ser vistos como um extra para o agregado familiar e não sujeitos a deduções”.
Sublinha que “ reduzido financiamento para as Instituições do Ensino Superior continua a ser insuficiente para manter um ensino de qualidade e de excelência no panorama do Ensino Superior Nacional, sendo ainda menor o investimento nas instituições sedeadas no Interior do país, onde se insere o Instituto Politécnico da Guarda, prejudicando desta forma a subsistência destas instituições”. “Perante estas duas realidades a imagem que transparece é que o Governo continua a não querer respeitar a Constituição da República Portuguesa, que cita no artigo 74 ponto 1 “Todos têm direito ao ensino com garantia do direito à igualdade de oportunidades de acesso e êxito escolar” e, ainda, na alínea e) do ponto 2, do mesmo artigo, em que se pode ler “Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino”, afirma o “Abaixo-assinado”. Os alunos do UIPG exigem a alteração da actual Lei que estipula a fórmula de cálculo da atribuição da bolsa social de estudo (feita através do valor líquido anual multiplicado pelos catorze meses) para a multiplicação, de apenas, pelos doze meses, mais investimento na Acção Social do Ensino Superior e mais financiamento para as Instituições do Ensino Superior do Interior. O documento é subscrito pela Associação Académica da Guarda, Secção Autónoma de Seia da Associação Académica da Guarda,Associação de Estudantes da Escola Superior de Saúde da Guarda eAssociação de Estudantes dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa da Guarda. Assinam ainda o documento os Núcleos de Estudantes de Gestão de Recursos Humanos, de Gestão, Contabilidade, de Informática, de Engenharia do Ambiente, de Engenharia Topográfica, de Engenharia Civil, de Marketing, de Secretariado e Assessoria de Direcção, de Design de Equipamento, de Comunicação e Relações Públicas, de Comunicação e Relações Económicas, de Estudantes de Desporto, de Animação Sociocultural e de Professores do Ensino Básico. Marco Loureiro apelou na ocasião para que outras organizações estudantis do país adiram a este protesto “ em defesa dos alunos do Ensino Superior”. O IPG possui cerca de 3.500 alunos e integra as escolas superiores de Saúde, Turismo e Hotelaria, Tecnologia e Gestão e Superior de Educação, Comunicação e Desporto

José Domingos

quinta-feira, 30 de outubro de 2008


terça-feira, 28 de outubro de 2008

DEMAGOGIA do 1º MINISTRO

O Primeiro Ministro está a enveredar por um caminho em que o respeito pela verdade conta pouco e o que lhe interessa é fazer passar a imagem enganosa de que tem realizado uma boa governação e que é o mais capaz para enfrentar as dificuldades da actual crise financeira internacional.
1. Salário Mínimo Nacional
Numa operação de propaganda brilhantemente organizada pelos serviços do Primeiro Ministro, que envolveu quase todos os órgãos de comunicação social durante todo o fim de semana, onde não faltaram os comentadores habituais a tecer os maiores elogios ao Primeiro Ministro, José Sócrates anunciou que o Salário Mínimo Nacional (SMN) para o próximo ano irá ser de 450 Euros.
Esta afirmação não tem nada de novidade, já que em 2006 ficou acordado na Concertação Social, entre o Governo e os Parceiros Sociais, que até 2011 o SMN atingiria os 500 euros e, no ano passado, ao proceder à actualização do SMN em vigor, o governo prometeu que em 2009 o SMN seria de 450 euros.
Aquilo que o Primeiro Ministro agora anunciou como um grande trunfo político e uma grande “conquista” para os trabalhadores, já o tinha anunciado há quase um ano.
Os TSD não percebem como pode o Primeiro Ministro anunciar as mesmas coisas várias vezes, como sendo novidade, pelo que uma de duas: - as suas capacidades governativas estão esgotadas e, à falta de melhor, promete hoje o que antes já havia prometido; ou, tendo em conta as dificuldades presentes, o Primeiro Ministro aproveita-as e tenta fazer passar a ideia de que não obstante isso, ele tem “bom coração” e honra o compromisso celebrado na concertação social, como se estivesse a fazer um especial favor em respeitar aquilo que ele próprio assinou.
2. Ministro do Trabalho desmente 1º Ministro s/ Emprego
Também na rentrée política, José Sócrates veio anunciar que a meta da criação dos 150 mil postos de trabalho prometidos na sua campanha eleitoral estava praticamente atingida, pois já tinham sido criados 133.700 no decurso da actual legislatura. Tal não correspondia nem corresponde minimamente à verdade. Dias depois, contradizendo o Primeiro Ministro, o Ministro do Trabalho veio afirmar que o governo não estava obcecado em cumprir esse compromisso eleitoral e agora, aproveitando o pretexto da crise internacional, o mesmo governante vem reforçar aquilo que todos já sabíamos, com ou sem crise, o governo não vai cumprir esse compromisso.
3. Ministro do Trabalho desmente 1º Ministro s/ Pensões
Ainda há pouco mais de um mês, em Guimarães, o Secretário Geral do PS proclamou, com a arrogância que habitualmente contagia os socialistas no poder, que nunca iria “permitir que o valor das pensões dos portugueses seja jogado na Bolsa e entregue aos caprichos dos mercados financeiros, como defende o PSD”.
Ora, todos sabemos que o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) tem por objectivo rentabilizar adequadamente os seus recursos, havendo enquadramento legal para aplicar uma parte desses meios em regime de capitalização. Ou seja, para aplicar esses fundos no mercado bolsista se os responsáveis do FEFSS o considerarem ajustado aos seus objectivos. Esta realidade é do conhecimento de todos e em especial sê-lo-á do Primeiro Ministro.
Na semana passada o Ministro do Trabalho veio desmentir aquelas declarações do Primeiro Ministro ao afirmar que a carteira de investimentos da Segurança Social perdeu nos primeiros nove meses deste ano 3,14% do seu valor, o que rondará os 300 milhões de euros. Disse o ministro que essa desvalorização nas acções do FEFSS foi causada pela actual crise financeira internacional e pelo comportamento do mercado bolsista. O ministro não esclareceu, mas sabe-se que o montante investido em títulos rondará os 1900 milhões de euros e que algumas das aplicações do FEFSS foram feitas nos Estados Unidos.
Ou seja, José Sócrates, embora sabendo destes factos – porque não é aceitável que o Primeiro Ministro ignore esta situação no FEFSS – mentiu aos portugueses e procurou de forma oportunista tirar benefício dos efeitos da crise financeira internacional, ao mesmo tempo que lançou sobre o PSD infundadas e demagógicas acusações. José Sócrates faltou deliberadamente à verdade aos portugueses e tentou passar para a opinião pública uma situação que sabe ser falsa.
Lisboa, 27 de Outubro de 2008.
O Secretariado Nacional Executivo dos TSD

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Já desde meados de Setembro, cerca de 160 trabalhadores da Beiralã (SEIA), foram "convidados" a ficar em casa até ao fim do ano sem trabalho com contratos suspensos, aguardando 4 meses para ver se surgem encomendas (se calhar, adiar uma morte anunciada).
Aínda se questionou que a Fábrica pudesse vir a ser viabilizada, mas as encomendas não justificavam a laboração normal. Nesta bem conhecida empresa de Seia, ficaram cerca de 40 trabalhadores até ao fim do ano.
Há pessoas que temem pelo fim da BEIRALÃ, outras aínda alimentam a hipótese de melhores dias. É mais uma situação complicada no distrito da Guarda, que os TSD/Guarda vêm denunciar. Os TSD/Guarda expressam a sua solidariedade para com estes trabalhadores, pois muitos deles ficaram privados do seu sustento e das famílias! É mais um triste exemplo das políticas erradas deste governo, em relação à industria textil! Estas pequenas e médias empresas (PME'S) desta zona do interior, foram abandonadas à sua sorte, quando deveríam ser mais apoiadas, para se manterem em laboração, com produtos mais competitivos. Para isso, deveriam ser ajudadas para se modernizarem e incentivarem os seus trabalhadores a valorizarem-se profissionalmente, frequentando cursos de formação profissional!

(ver também este link)

A. R. Antunes

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

PIDDAC 2009

(Fonte: Depª ANA MANSO)

Será que, com um PIDDAC como este, o Concelho da Guarda sairá do abandono a que tem sido votado nestes últimos anos? Será com estes números, que se podem criar mais empregos (...para já não falar da manutenção dos existentes...), gerar mais riqueza e incentivar as PME's a reinvestir nesta zona do Interior?

A. R. Antunes

domingo, 19 de outubro de 2008

Aínda os 150.000(???) empregos...

VIEIRA da SILVA reconhece que criar 150 mil empregos é hoje mais difícil por causa da crise
Público (19.10.2008)
Ora aqui está!!... Era isto que os TSD/Guarda já previam, quando colocámos a hipótese de este governo vir a utilizar a Crise Financeira Internacional como "guarda-chuva" para todos os males que vão começar a aparecer. Esta frase de Fernando Madrinha (Expresso-18-10-08) está mais do que actual:
"A CRISE PODE VIR A SER DRAMÁTICA PARA O PAÍS, MAS É UM MANÁ DE OPURTUNIDADES PARA O GOVERNO E O PS"

A. R. Antunes

sábado, 18 de outubro de 2008

Desemprego

Perante notícias como esta (vindas de quem está bem por dentro deste assunto) e que vão começando a surgir, os TSD/Guarda, estão muito preocupados com os próximos tempos. Vislumbramos ao longe, nuvens muito negras para os trabalhadores por conta de outrem! Mas o governo continua a insistir nos grandes projectos megalómanos ao invés de apoiar as PME's deste país, pois são estas que geram emprego e riqueza! Como é que é possível facilitar o acesso ao crédito às PME's, se a maior parte delas já estão endividadas e muitas em risco de falir? As grandes empresas ultrapassam esta crise sem muita dificuldade!

A. R. Antunes
In EXPRESSO (18-10-08)

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Hotel TURISMO-Guarda, encerra até Dezembro

23 trabalhadores ficarão sem o posto de trabalho até ao fim do ano! Esta é uma decisão da Câmara Municipal da Guarda (PS), proprietária desta bem conhecida unidade hoteleira e de referência, que tem previsto entregá-la a um promotor turístico. Promotor esse, segundo o Presidente da Câmara, JOAQUIM VALENTE e o vereador VITOR SANTOS, não garante que venha absorver estes trabalhadores! Segundo ANTÓNIO BAIÃO, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria do Centro, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, foram propostos aos trabalhadores, três níveis para “amenizar” o encerramento dos seus postos de trabalho: “negociação”; “resolução” e “formação profissional”. Pelos dados que conseguimos, 21% serão contactados para uma situação de pré-reforma e indemnização, a 32% ser-lhes-á proposta saída mediante indemnização e os restantes 47% frequentarão formação profissional! No encontro havido com os autarcas, foi afirmado que a Câmara iria exercer pressão junto do novo promotor para a manutenção destes postos de trabalho, e se tal não se vier a verificar, a autarquia assumiria negociar o despedimento destes trabalhadores e/ou a sua reintegração nos quadros da Câmara (nada foi afirmado taxativamente). Mas o mais grave, quanto a nós TSD/Guarda, é esta situação: é que perante a lei, qualquer trabalhador, só pode frequentar a formação profissional, se estiver na situação de desempregado! E, perante isto, segundo os visados desta situação, só vislumbram o seguinte: “despedimento colectivo”. Foi ainda referido que os trabalhadores desta unidade, exerciam as suas funções em condições bastante fora das exigidas por lei! Segundo informações obtidas, se a maior parte do equipamento desta unidade hoteleira, pertencente às TERMAS de S. PEDRO do SUL (concessionária da exploração desta unidade cujo contrato foi rescindido em Setembro/Outubro de 2007), fosse retirado, o Hotel teria que encerrar! Os TRABALHADORES SOCIAL DEMOCRATAS/Guarda, vêm por este meio, denunciar mais esta triste situação que está a ocorrer neste concelho e desde já deixam aqui a sua SOLIDARIEDADE para com estes trabalhadores!
QUE MAIS NOS IRÁ ACONTECER????!!!!!!!!!

A. R. Antunes
Fontes: Contacto com 1 tarbalhador e Diário AS BEIRAS (artigo de J. Domingos)

DELPHI III

Avizinham-se períodos conturbados nos próximos tempos nesta Empresa, que é uma dos maiores empregadoras da Guarda! Segundo informações que obtivemos, a Delphi está a mandar trabalhadores para casa, de férias (imprevistas), porque a falta de encomendas de empresas como a GM e RENAULT, obriga a uma diminuição do rítmo de trabalho! o STIMMDAVGC (Sindicato dos Trabalhadores das Industrias Metalurgicas e Metalomecânicas dos Distritos de Aveiro, Viseu, Guarda e Coimbra) acredita que esta situação será temporal e que não surgirão despedimentos, pelo menos até Dezembro de 2009. Segundo declarações do coordenador deste Sindicato, Júlio Balreira e membro da C. T., a alguns orgãos da C. Social local, há uma quantidade não determinada de trabalhadores, que está nessa situação há várias semanas. Isto terá começado logo após o período de férias, em Agosto. Este dirigente sindical, acredita que esta será uma situação pontual e que não irá pôr em causa a manutenção dos 500 trabalhadores até Dez. de 2009 (depois será uma incógnita). Salienta contudo, que está preocupado com esta situação, pois este ambiente poderá vir a gerar problemas num futuro próximo, mas que o Sindicato irá estar atento ao desenrolar dos acontecimentos. Os TSD/Guarda mostram-se solidários com os trabalhadores da DELPHI e continuam a acompanhar (como têm feito de há uns tempos a esta parte), com preocupação todo este processo! Só esperamos que as autoridades Locais e Nacionais, não começem a "assobiar para o ar" e não venham a utilizar a Crise Financeira Internacional como "guarda-chuva" para todos os males! Devem prestar mais atenção às PME's e Emprego!

A. R. Antunes

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Tertúlia/Debate na cidade da GUARDA




Realizou-se ontem (13-10) uma Tertúlia/Debate sobre o tema Educação. A organização esteve a cargo da CPS do PSD e da JSD da Guarda. Os TSD/Guarda estiveram presentes, na pessoa do Presidente do Secret. Distrital e agradeçem desde já o convite que lhes foi formulado! Foram convidados para moderarem o debate: PEDRO DUARTE, deputado do PSD na AR, membro da Com. Parlamentar da Educação e Ciência e PEDRO ROQUE, nosso companheiro do Secret. Nacional dos TSD e membro do Sindicato dos Professores! Foi realizada uma reunião/visita ao IPG onde fomos recebidos pelo Presidente e Directores das 3 Escolas (Educação, Saúde e Tecnologia). Após esta reunião, onde fomos esclarecidos sobre a situação actual do Politécnico, encontrámo-nos com a Associação de Estudantes que também nos colocou algumas questões bastante actuais sobre a vida estudantil nesse Politécnico. Pelas 21H30M realizou-se uma TERTÚLIA/DEBATE no Café Central desta cidade. Esteve bastante participada por pessoas (militantes TSD; PSD; JSD e não só), a maioría ligada à Educação, que colocaram várias questões (algumas bastante pertinentes) aos moderadores P. DUARTE e P. ROQUE.

A.R.Antunes

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Os 133.700 empregos dos 150.000 anunciados!

De entre as várias promessas eleitorais que o PS fez aos eleitores nas últimas eleições legislativas, destaca-se a da criação de 150.000 (…quem não se lembra de ouvir isto da boca de José Sócrates?).
Agora em plena “rentrée política” esse Sr. veio anunciar que a meta dos 150.000 está quase alcançada, pois (diz ele) que já foram criados 133.700.
Só que isto não corresponde à verdade!
Se não vejamos: dos 133.700 anunciados, há que retirar 36.000 postos de trabalho de pessoas que, embora residindo em Portugal, arranjaram emprego e trabalham fora do País! No 1º trimestre de 2005, cerca de 27.500 residentes em Portugal, trabalhavam no estrangeiro e já no final do 2º trimestre de 2008, eram 63.300 portugueses que se encontravam nesta situação!
Ou seja, 36.000, cerca de 30% desses empregos anunciados pelo 1º Ministro, foram criados no estrangeiro, com particular destaque para, GALIZA; BADAJOZ; AYAMONTE; etc.
Há que acrescentar ainda, que muitos dos empregos criados, por causa da precariedade e características ( call-centers, hotelaria, serviços, etc,), foram ocupados, em mais de 90% dos casos, por cidadãos estrangeiros residentes em Portugal . É que, segundo dados oficiais, a população estrangeira com estatuto de residente, aumentou 126.000 pessoas, de 2005 a 2007 (275.000 para 401.000)!
Outro facto real, é o da qualidade do emprego criado ( a maioria dos empregos criados são sub-empregos. A população empregada aumentou entre os segundos trimestres de 2005 e 2008 em cerca de 96.000 pessoas. Desta, cerca de 28.000 (30% desse valor) correspondem a pessoas que trabalham entre 1 e 10 horas por semana. E cerca de 40.000 (42%) é pessoal com emprego parcial. Na verdade no 2º trimestre de 2005, o emprego parcial atingia 590.000 pessoas e no 2º trimestre de 2008 já eram aproximadamente 630.000!
Eis pois a mistificação dos 133.700 postos de trabalho anunciados pelo 1º Ministro:
-cerca de 36.000 trabalham no estrangeiro;
-cerca de 28.000 têm um emprego com uma duração semanal de trabalho inferior a 11horas;
-cerca de 40.000 estão empregados a tempo parcial;
-cerca de 29.700 são de serviços, essencialmente em áreas comerciais e cal-centers.
Por último, o aumento do desemprego entre os detentores de um grau académico, onde se revelam as declarações irreais do Ministro do Ens. Sup., em Abril, ao referir, “quase não há desempregados entre Licenciados”. É que entre 2005 e 2007 o desemprego de pessoas com grau académico, aumentou de 46.2000 para 59.300 pessoas (+28%), sendo que a taxa de desemprego se situa, no 2º trimestre de 2008, em 5,8%!
Olhando estes dados, estamos perante, aquilo que se poderá chamar, CRÓNICA DE UMA FRAUDE ANUNCIADA.
Não é só a quantidade de empregos que é inferior à anunciada, como também a precariedade dos empregos criados, a baixa qualificação do emprego e o crescente desemprego de habilitações superiores.
Todos estes dados constam dos relatórios do INE.


A. R. Antunes