quinta-feira, 24 de abril de 2008

INQUÉRITO


sábado, 19 de abril de 2008

A BANDEIRA ESFARRAPADA DA EUROPA PAIRA EM VILAR FORMOSO



Quase reduzida a farrapo, já consumida em mais de metade do seu corpo, onde nem as estrelas da União Europeia já figuram tal como são em número de países comunitário, a Bandeira da UE paira mesmo á entrada/saída da fronteira de Vilar Formoso.
Para quem sai, é talvez o significado esfarrapado da uma aventura europeia em busca de melhores vidas para além da raia e, para quem entra em Portugal, é a imagem primeira que a Europa dá no país dos navegadores.
Mesmo na linha de fronteira, onde à distância de um palmo ou de um passo tudo é diferente, a bandeira esfarrapada significa diariamente a caminhada de incontáveis automóveis aos postos de abastecimento onde gasolina, gasóleo, gás, são mais baratos e não só, os salários mais elevados.
Passar aquela raia onde a esfarrapada bandeira vigia ambos lados da fronteira significa todos os fins de semana uma azáfama de carrinhas que a partir de Vilar Formoso partem com Portugueses que trabalham no país de “ nuestros hermanos” na construção civil, nos campos, nas oficinas…a emigração temporária que quantas vezes não se torna definitiva.
Dois jovens ciganos acolhem os que entram no país e pedem uma moeda para… sabe-se lá o quê, em troca de vigiarem o automóvel estacionado na entrada do país da BA 101, a locomotiva a vapor que recorda em Vilar Formoso a primeira travessia do “Sud-Express” a caminho da França.
Aquela bandeira é de uma União Europeia que em comum com Portugal, apenas tem o facto de ser União mas que aqui, neste lugar de fronteira da Beira Alta com Castilla y Leon, tem a diferença de estar velha, comida pelo vento e pelo tempo que, talvez muitos ainda nem sequer notaram…
Ali mesmo por cima do Posto Misto onde a Polícia espanhola, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e a GNR coabitam no controle de um ponto de fronteira com tantos outros pontos descobertos ao longo de séculos que nem bandeiras esfarrapadas conseguiram vedar em nome da boa vizinhança de povos – esses sim – de história comum e vidas quantas vezes por contar.

José Domingos

quinta-feira, 17 de abril de 2008


sexta-feira, 4 de abril de 2008

TSD/Guarda apreensivos com possível encerramento da DELPHI e DURA

O possível encerramento das fábricas de componentes para automóveis, DELPHI e DURA no concelho da Guarda, poderá criar problemas sociais graves que os Trabalhadores Social Democratas lamentam, à mistura com críticas à actuação do Governo no interior do país!
Os Trabalhadores Social Democratas (TSD) da Guarda estão preocupados com a situação da fábrica de componentes para automóveis (cablagens) DELPHI da Guarda, onde se prevêem despedimentos de cerca de 500 operários a partir de Maio.
“Fomos os únicos a colocar o problema do provável encerramento desta empresa e fomos os únicos a ser recebidos pela administração em Lisboa, a qual nos expôs o ponto da situação! Demos conhecimento à imprensa através de comunicado (… e aos trabalhadores, com entrega pessoal de comunicado à porta da empresa!...)”, afirmou António Antunes, presidente do Secretariado Distrital daquela organização laboral.
António Antunes sublinhou que “infelizmente, está a ocorrer aquilo, que a Administração da DELPHI então transmitiu nessa reunião, de que, por falta de encomendas no grupo, a fábrica poderia encerrar a breve trecho, além de que existem fábricas nos países de Leste Europeu e Norte de África a produzirem os mesmos produtos a preços bastante mais baixos”.
Os TSD/Guarda manifestam também “sérias preocupações” com a situação da fábrica de componentes eléctricos e acessórios para automóveis, “Dura” em Vila Cortês do Mondego – Guarda (...onde também já solicitaram uma reunião com a Administração...), tendo em conta que “a casa-mãe, nos Estados Unidos, já pediu protecção de credores, ao abrigo da lei de falências norte-americana”.
A unidade, situada a poucos quilómetros da Guarda, no vale do Mondego, possui mais de centena e meia de trabalhadores, pertenceu inicialmente o grupo espanhol FEMSA, transitou depois para o grupo BOSCH e de seguida para a DURA.
Segundo o dirigente, “a situação no concelho da Guarda é muito preocupante e exige uma intervenção urgente das forças políticas”.
Entretanto os TSD/Guarda “como estrutura laboral, representativa de vários Sindicatos, apostam numa economia aberta, sustentada por empresas competitivas, emprego mais qualificado e melhores e mais capazes políticas que permitam uma boa e mais justa distribuição e sem exclusão, da riqueza nacional”.
Recentemente eleito para o cargo onde substituiu o ex-deputado na Assembleia da república, Alexandre Monteiro que transitou para a presidência da Mesa da Assembleia Geral, António Antunes propõe-se “cativar os trabalhadores de Empresas, onde o Estado ainda detém um controlo efectivo, pois muitos deles, têm receio de se manifestar e inclusive de falar com pessoas que não sejam de organizações sindicais ou outras, afectas ao partido do governo”.
“Muitos têm-nos manifestado as suas preocupações, já fora do local de trabalho! Eles sabem que não o podem fazer lá dentro, pois existe uma forte coacção psicológica, exercida por uma grande parte das chefias hierárquicas, que na maioria dos casos, são "boys & girls", que foram nomeado(a)s pela sua "côr" ou "cartão", sem atenderem à sua qualidade e experiência profissional e/ou humana”, disse. Lamentamos profundamente que o actual governo, “dito socialista” não tenha uma política preventiva para os casos de encerramento e/ ou deslocalização de empresas para outros países como o Leste da Europa, com custos enormes em termos de emprego, nem dê mostras de tentar atenuar os respectivos efeitos sociais, principalmente no interior do país”. Por isso, os TSD pretendem “tentar apoiar e esclarecer os trabalhadores, quer sindicalizados ou não, nas questões laborais que infelizmente venham a ocorrer, nesta zona do interior”, temendo pelo “ aumento de conflitualidade laboral e social que se avizinha nos próximos tempos”.
“Não é compreensível, que altos Dirigentes Sindicais, que há 8 ou 9 anos, em reuniões e plenários Sindicais, etc, defendiam situações, nalguns casos, extremamente opostas às que hoje tentam impôr pela força”, disse António Antunes, numa alusão a figuras políticas que na altura “eram da oposição, como o caso de “alguns actuais responsáveis na Educação”.

José Domingos (Diário AS BEIRAS, 4-04-08)

quinta-feira, 3 de abril de 2008

É URGENTE DEVOLVER A ESPERANÇA AOS PORTUGUESES

O Conselho Nacional dos TSD, reunido em Albergaria-a-Velha, para decidir sobre vários instrumentos relativos ao funcionamento da organização e analisar a actualidade económica e social, torna público:
1. O País não arranca do marasmo e ninguém sabe que Portugal quer este governo de maioria absoluta.
As Pequenas e Médias Empresas são ignoradas pelo governo e as famílias têm de suportar todos os dias novos e duros sacrifícios.
O crescimento económico nacional é medíocre, é o mais baixo da UE e Portugal continua a atrasar-se face aos seus parceiros europeus.
O investimento directo estrangeiro, em 2007, caiu 37,2%, enquanto o investimento português no estrangeiro aumentou 85,4%.
Estes dois simples indicadores, referidos no Boletim Estatístico do Banco de Portugal, revelam bem o fiasco da política económica do governo.
E se o investimento estrangeiro nos vira as costas, se o investimento nacional é mal tratado cá dentro e prefere apostar em novos mercados internacionais, se o investimento público também é reduzido, como pode Portugal dar a volta e crescer acima dos nossos parceiros europeus, como é imperioso que aconteça?
E se a isso juntarmos os 7 mil milhões de euros anuais do QREN que já deviam ter sido investidos em 2007 e não foram, por grosseira incompetência e desleixo do governo, qual é então a estratégia do governo para dinamizar a retoma da economia?
As consequências sociais desta falta de rumo na área económica estão á vista.
O desemprego dispara e é o problema social mais grave dos portugueses.
Em 2007, o desemprego atingiu 8,1%, estimando o INE que mais de meio milhão de pessoas se encontram desempregadas.
Portugal registou não só uma subida de desemprego em 2007, em contra­ciclo com a generalidade dos Estados-membros, como passou a ter uma taxa de desemprego superior à média comunitária, o que sucede pela 1ª vez.
O desemprego, a precariedade nas relações laborais, o endividamento das famílias e das empresas, a subida das taxas de juro, o brutal aumento de todos os impostos, o descontrolo da inflação e a perda de poder de compra dos salários, colocam os níveis de confiança dos portugueses no nível mais baixo desde 2003.
Estes são os resultados de 3 anos de governo socialista, bem reveladores da estagnação económico-social do País, com reflexos também ao nível da insegurança e criminalidade.
O governo vem agora apresentar a redução de 1% no IVA, como um grande feito das suas políticas, quando se esquece que agravou esse imposto em 2% e de forma brutal todos os restantes oito impostos.
Os TSD consideram indispensável um abaixamento da carga fiscal, a começar pelo IRS, mas integrado num plano de relançamento da economia, capaz de devolver a confiança aos agentes económicos e aos portugueses.
A forma desgarrada, pontual e meramente político eleitoral como foi anunciada a descida de 1% do IVA, é uma oportunidade perdida para rentabilizar os sacrifícios que têm sido impostos aos portugueses e às empresas.
É preciso uma política económica ambiciosa, capaz de criar riqueza, gerar emprego de qualidade e aproximar Portugal dos países mais avançados da UE.
É preciso que a riqueza não se concentre cada vez mais numa minoria e a pobreza alastre a um número cada vez maior de portugueses.
É preciso que os portugueses, em vez do desemprego e da exclusão, tenham direito ao trabalho, à promoção da sua competência profissional, a um salário compatível com as suas aptidões e ao apoio social na doença à medida daquilo por que lutaram.
É preciso combater as gritantes desigualdades sociais com políticas concretas, e não com meros discursos de retórica.
É preciso devolver a confiança e a esperança aos portugueses.
2. A convite do Secretariado Nacional, o Secretário-geral do PSD, Eng. Ribau Esteves, também participou no CN com uma intervenção política.
Albergaria-a-Velha, 29 de Março de 2008

Eleições TSD/Guarda


Eleições TSD/Guarda


terça-feira, 1 de abril de 2008

Linhas programáticas da nova equipa dos TSD/Guarda:

- Os TSD/Guarda, como estrutura laboral, representativa de vários Sindicatos apostam numa economia aberta, sustentada por empresas competitivas, emprego mais qualificado e melhores e mais capazes políticas que permitam uma boa e mais justa distribuição e sem exclusão, da riqueza nacional!
- É para que haja um Portugal mais justo e de qualidade, que os TSD, estão e continuarão a trabalhar, orgulhosos do seu passado, animados por uma confiança enorme da capacidade de todos os trabalhadores Portugueses.
- A nível do Distrito da Guarda, continuaremos a seguir de perto os problemas laborais, como aliás fizemos em Junho de 2007 em relação à DELPHI. Fomos os únicos a colocar o problema do provável encerramento desta empresa e fomos os únicos a ser recebidos pela administração em Lisboa, a qual nos expôs o ponto da situação. Demos conhecimento à imprensa através de comunicado (… e aos trabalhadores, com entrega pessoal à porta da empresa!...) .

- Vamos cativar os trabalhadores de Empresas, onde o Estado aínda detém um controlo efectivo, pois muitos deles, têm receio de se manifestar e inclusive de falar com pessoas que não sejam de organizações (..sindicais ou outras...) afectas ao partido do governo! Muitos têm-nos manifestado as suas preocupações, já fora do local de trabalho. Eles sabem que não o podem fazer lá dentro, pois existe uma forte coacção psicológica, exercida por uma grande parte das chefias hierárquicas, que na maioria dos casos, são "boys & girls", que foram nomeado(a)s pela sua "côr" ou "cartão", sem atenderem à sua qualidade e experiência profissional e/ou humana!
- Os TSD continuam a manifestar uma profunda preocupação pelas situações que infelizmente vão surgindo, cada vez mais, de encerramento e/ou deslocalização de empresas para outros Países, com custos enormes para a criação de novos empregos, principalmente aqui no Interior. Lamentamos profundamente que o actual governo, “dito socialista” não tenha uma política preventiva para estes casos, nem dê mostras de tentar atenuar os respectivos efeitos sociais.
- Vamos tentar apoiar e esclarecer os trabalhadores, quer sindicalizados ou não, nas questões laborais que infelizmente venham a ocorrer, nesta zona do interior. Tememos pelo aumento de conflitualidade laboral e social que se avizinha nos próximos tempos. Não compreendemos como é que altos Dirigentes Sindicais que há 8, 9 anos atrás, em reuniões, plenários Sindicais, etc, defendiam situações nalguns casos, extremamente opostas às que hoje tentam impôr pela força! Veja-se por exemplo, o envio de autoridades às instalações de uma organização Sindical na Covilhã; a identificação pelas autoridades de uma professora numa “manif” após esta ter dado uma entrevista a um canal de TV! Fora aquilo que é “abafado” por alguma imprensa! Basta lêr as conclusões da ERC, publicadas recentemente num diário!