quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

RECUPERAÇÃO ECONÓMICA...

Muito bem e totalmente de acordo!
Mas como é possível propor-se uma “recuperação económica”, quando:
-Os desempregados são cada vez mais.
-Não se vislumbram factores geradores de novos empregos.
-Este País importa cada vez mais do que aquilo que produz.
-Os que ainda estão no activo, portanto trabalhadores contribuintes, são cada vez menos.
-Os pensionistas e reformados são cada vez mais e como se não bastasse, os pensionistas da Função Pública, aínda vão ser mais penalizados.
-Os “subsídiodependentes” (rendimentos mínimos…, etc...), são cada vez mais.
-Os funcionários públicos (menos 60.000 até 2013, substituídos nesta lógica: saem 2 entra 1), serão cada vez menos.
-O País está cada vez mais endividado para com o estrangeiro, logo teremos que pagar os juros desse dinheiro que temos andado a pedir.
-Este governo resolve (ou pensa que irá resolver) a situação, cortando na despesa pública (que para eles será, essencialmente, cortar no aumento do salário dos funcionários públicos).
-E porque é que hão-de ser sempre os trabalhadores por conta de outrem, a pagar as “favas”?!...
-E porque é que não se fazem cortes radicais “às mordomias” que a maior parte dos Ministérios têm usufruído e continuam a gastar “à barba longa”?!...
-E porque é que os altos responsáveis da Nação (a seguir ao Presid. da Repª) que têm direito (???) a 1 e 2 viaturas topo de gama, na ordem das centenas de milhares de €, incluindo secretário(a)s, não podem abdicar de parte dessas mordomias, nesta altura de crise?!...
Perante todo este “quadro negro”, chego a esta triste conclusão:
Este governo, que já há 2 ou 3 anos anda a dizer, que a crise em Portugal até já está a passar; com um défice a rondar os 9,3% em 2009 (...Sócrates afirmou diversas vezes, na campanha eleitoral, que andava nos 5,9%...), tenta ultrapassar esta situação da forma mais fácil (e mais violenta): cortar nos salários daqueles que não têm hipótese nenhuma de fuga ao “fisco”, pois esses são controlados a 100%! E quanto ao aumento dos impostos, estaremos cá para ver!
Não tardará muito e Portugal vai andar de mão estendida a pedir ajuda ao FMI...

António R. Antunes

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Hugo Chavez e a liberdade de expressão...(I)


Dezenas de estudantes venezuelanos saíram à rua nesta segunda-feira para protestar contra a decisão de tirar do ar a rede RCTV e outros canais televisivos por cabo, punidos na véspera por não terem transmitido os dois últimos discursos oficiais do Presidente da Venezuela, onde, a qualquer momento, sempre que Hugo Chávez discursa, as televisões estão obrigadas a interromper as suas emissões regulares e a emitir as palavras do Presidente...»

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HÁ IMAGENS QUE VALEM POR 1000 PALAVRAS!
Esta é uma delas! Por aqui se vê o "Socialismo Democrático" que este Ditador tenta "INJECTAR" nos seus concidadãos.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Bancada Socialista contradiz Helena André...


«...Helena André, que na última quarta-feira se manifestou contra a aprovação da proposta. "O Governo não encontra razões objectivas para que haja essa majoração", afirmou então a ministra, defendendo que Portugal está num nível "extremamente elevado" em "tudo o que tem a ver com o subsídio de desemprego". E acrescentou não estar convencida da "racionalidade da medida". Dois dias depois, a bancada socialista parece ter encontrado as razões que a ministra não identificava, contradizendo as declarações de Helena André....»

...E esta, heim?!.........

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Quando estes Socialistas nem respeitam sequer o(a)s camaradas de Partido..., que pensar das relações parlamentares e institucionais destes Srs. para com os outros deputados na A.R.?!...

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

80% dos carros do Estado circulam sem seguro...

Por aqui se vê a "rebaldaría" que grassa no Estado!
ISTO É UMA OFENSA  AO MAIS COMUM DO CIDADÃO, CUMPRIDOR, QUE PAGA OS SEUS IMPOSTOS!...
É UMA VERGONHA!...
Qualquer contribuinte, que não tenha sequer o seguro em dia, terá graves problemas, que até podem culminar na apreensão do veiculo, fora o resto!......
E O ESTADO QUE DEVERÍA DAR O EXEMPLO, PORTA-SE DESTA MANEIRA?!.....

10.000 portugueses ficam sem emprego, em Espanha!

Perguntamos: quando será que isto irá acabar?!...
É bastante triste, para nós, vermos o País chegar a esta situação!
São trabalhadores, que tiveram que abandonar os seus lares e familiares, em busca de uma forma de sustento, fora da sua terra natal e agora acontece-lhes isto!...

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Boicote...

É bastante estranho o que se está a passar no nosso BLOG! Desde há quase 24 h que do lado esquerdo não aparece o contador de visitas. Será que este espaço electrónico estará a incomodar "alguém"?!...
Já reclamei para os gestores deste blog, mas aínda não recebi qualquer resposta até ao momento! Espero bem que algum dos tentáculos do "POLVO", não tenha nada a ver com isto!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Aínda sobre os 10.000 visitantes...

Na qualidade de militante e Presidente da Mesa da Assembleia Distrital, quero expressar os meus mais sinceros parabéns, aos Trabalhadores Social Democratas (TSD), da GUARDA, na pessoa do seu Presidente, Sr. António Antunes, pelo facto do BLOG dos TSD, num curto espaço de tempo, cerca de ano e meio, ter sido consultado por mais de 10.000 visitantes .
O BOLG tem contribuído, para informar os militantes dos TSD, a população em geral e os trabalhadores em particular, reproduzindo noticias Nacionais e Regionais que preocupam os Portugueses.
Têm tido vários contactos com várias Instituições Empresariais e Sindicais e denunciado situações que afectam os trabalhadores.
MAIS UMA VEZ, OS MEUS PARABÉNS

Alexandre Monteiro
Guarda,20/01/2010

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

"Obama, Obama, Obama! Precisamos de Obama! Ele é como nós....."

...Pois...........................
o "PICARETA FALANTE", from USA e prémio NOBEL (...atribuido antes do tempo...), além de ser da mesma côr, até vai resolver (???) todos os problemas (... construção civil; apoio político/militar; etc,...etc...), daquela gente toda, que infelizmente vive num cenário devastador e sem precedência!
É bastante triste, já não falando nalguns "média" que aproveitam estas situações de catástrofe para promover este tipo de situações!
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domingo, 17 de janeiro de 2010

Ultrapassámos as 10.000 visitas...

Em nome de toda a equipa dos TSD/Guarda congratulo-me bastante, pelo nº de visitantes que têm acedido ao nosso BLOG. Agradeceço também, em nome da mesma, a colaboração diversa que tenho tido (...Comunicação Social; Organizações Sindicais; membros de Comissões de Trabalhadores; membros de Associações Empresariais; jovens; companheiros diversos; trabalhadores por conta de outrem e anónimos...), para a manutenção deste espaço electrónico.
Tenho sido contactado quase diariamente por diversas pessoas, que me expôem variadas situações, de índole Social e/ou Laboral, o que demonstra que a mensagem que os TSD/Guarda têm vindo a passar neste espaço, tem chegado a bastante gente.
Recordo aqui que o início do nosso BLOG foi no dia 1 de ABRIL de 2008 (...apesar de ser o dia das mentiras, que não é o caso!...) e já ultrapassámos as 10.000 visitas.
Pessoalmente e muito sinceramente, não esperava atingir este número, neste espaço de tempo!
Em nome de toda a equipa, um MUITO OBRIGADO a todo(a)s.
Espero continuar a contar com a vossa prestimosa colaboração.

ANTÓNIO RODRIGUES ANTUNES
  (Presid. do Secret. Distrital dos TSD/Garda)

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Limpeza de ficheiros no IEFP (malabarismos Socretianos)


Eliminaram 49.501 desempregados só em Novembro/2009!
Conseguiram assim um registo de "apenas" 523.181 desempregados!
O desemprego registado divulgado mensalmente pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) não inclui a totalidade dos desempregados, pois não abrange os desempregados que não tomaram a iniciativa de se inscreverem nos Centros de Emprego. E há muitos desempregados nesta situação. Mesmo assim o IEFP procura reduzir todos os meses os números do desemprego registado para assim reduzir a gravidade da situação aos olhos da opinião publica, e justificar a insuficiência das medidas tomadas pelo governo.
O IEFP acabou de divulgar o número de desempregados que estavam inscritos no fim do mês de Novembro de 2009, ou seja, o desemprego registado. E de acordo com a "Informação Mensal do Mercado de Emprego" de Novembro de 2009 (a nº 11 de 2009), o número de desempregados registados nos Centros de Emprego, em 30/11/2009, atingiu 523.680 quando, no mês anterior (Outubro/2009) era 517.526, o que não deixa de ser um numero muito elevado com um crescimento continuo. No entanto, mesmo aquele número de desempregados – 523.680 – só não é muito mais elevado porque o IEFP faz todos os meses uma limpeza sistemática dos ficheiros dos Centros de Emprego não se dando ao trabalho de apresentar qualquer justificação na "Informação Mensal" que publica indicando as razões dessa "limpeza".
O quadro seguinte, construído com dados constantes dessa "Informação" do IEFP, mostra a dimensão da "limpeza" feita nos ficheiros dos Centros de Emprego apenas no mês de Novembro de 2009.

QUADRO I – A "limpeza" de ficheiros dos Centros de Emprego só em Novembro de 2009
1- Desemprego registado em 31/10/2009 (o existente em 01/11/2009)                                 517.526
2- Desempregados que se inscreveram durante Novembro nos Centros de Emprego       +61.204
3- Desempregados que os Centros de Emprego arranjaram emprego em Novembro          -5.549
4- DESEMPREGO EFECTIVO REGISTADO (1+2-3)                                                                573.181
5- DESEMPREGO OFICIAL REGISTADO divulgado pelo IEFP (aquele que o IEFP informou existir após limpeza dos ficheiros)                                                                                                        523.680
6- Número de desempregados que foram eliminados pelo IEFP dos ficheiros dos Centros de Emprego só em Novembro (5-4)                                                                                                         -49.501
Fonte: Os dados utilizados constam da "Informação Mensal do Mercado de Emprego, Novembro de 2009, Nº 11, Instituto de Emprego e Formação Profissional
No último dia de Outubro de 2009, existiam registados nos ficheiros dos Centros de Emprego 517.526 desempregados, de acordo com o próprio IEFP. Durante o mês de Novembro inscreveram mais 61.204 desempregados, e os Centros de Emprego colocaram (arranjaram emprego) para 5.549 desempregados. Portanto, se somarmos aos 517.526 desempregados que transitaram de Outubro para Novembro o numero de desempregados que se inscreveram durante o mês de Novembro (61.204) e se depois retirarmos à soma assim obtida aqueles que os Centros de Emprego arranjaram emprego (5.549), obtém-se 573.181, que era o número de desempregados que devia existir no fim de Novembro de 2009.
No entanto, o IEFP divulgou na sua "Informação Mensal do Mercado do Trabalho" que estavam inscritos nos Centros de Emprego no fim do mês de Novembro apenas 523.680 desempregados, o que significa que desapareceram dos ficheiros dos Centros de Emprego 49.501 desempregados (573.181-523.680), sem que o IEFP apresente qualquer justificação na "Informação" que divulgou.
Ao ter esse comportamento, o IEFP apenas mostra que não se sente à vontade para tornar pública as razões que o levaram a eliminar elevado número de desempregados que estavam inscritos, ou então porque está convencido que a opinião pública e os media não notam a diferença. Infelizmente os grandes órgãos de comunicação social, incluindo TV, que divulgaram os números do desemprego registado, acabaram por participar nesse campanha de engano da opinião pública na medida em que não chamaram a atenção para essa diferença importante nos números do desemprego registado. Desta forma procura-se ocultar a gravidade extrema da situação social e justificar a falta de mais medidas para combater o problema social mais grave.

Eugénio Rosa
23/Dezembro/2009

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Freguesia de S. Miguel (GUARDA) reúne esforços para ajudar trabalhadores


Com o objectivo de apoiar os 315 trabalhadores da Delphi que foram despedidos no final do ano, a Assembleia de Freguesia de S. Miguel da Guarda, vai desenvolver esforços no sentido de ser criado nas instalações de Junta, um Gabinete de Inserção Profissional, permitindo também naquele espaço, o funcionamento do programa de apoio à apresentação periódica das pessoas desempregadas, tendo em conta que a Delphi está localizada nesta freguesia. Nesse sentido vai ser feito o apelo junto da Câmara, Centro de Emprego e Governo Civil. O Presidente da Mesa da Assembleia de Freguesia de S. Miguel da Guarda, Peres Almeida, falou da importância destes gabinetes.
Na última reunião ordinária da Assembleia de Freguesia de S. Miguel também foi aprovada, por unanimidade, uma moção que pretende apelar às entidades da Guarda para que se empenhem no sentido de serem evitados os 180 despedimentos da Delphi, anunciados para o primeiro trimestre deste novo ano.
Peres Almeida, acredita que tanto o Governador Civil, como o Presidente da Câmara da Guarda estão atentos para que, futuramente, a situação na Delphi não venha a agravar-se ainda mais.

OS TSD/Guarda congratulam-se por esta tomada de posição e entendem que é de louvar esta iniciativa.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Primo usou nome de SÓCRATES com autorização

"...Hugo Monteiro, que regressou em Dezembro a Portugal, garantiu aos investigadores que foi o primo, José Sócrates, que lhe deu autorização para usar a relação de parentesco entre os dois, durante uma reunião com director de Marketing do Freeport, Simon Jobling..."

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...Mais um telemóvel que o PINÓCRATES VAI  "ESPATIFAR" ...

Taxa de desemprego atingiu 10,3% em Novembro

"...No caso português, o desemprego tem vindo sempre a subir desde o início da crise internacional, e a um ritmo superior ao da zona euro. Enquanto nos seus 16 países a taxa subiu 25 por cento entre Novembro de 2008 e Novembro passado (8,0 por cento para 10,0), em Portugal subiu 30 por cento (de 7,8 para 10,3 por cento)..."

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Aínda não há muito tempo (...se a memória não nos engana...), houve um Sr. do Governo, altamente responsável, que disse:
QUE A CRISE JÁ ESTAVA A PASSAR PARA PORTUGAL!
Só nos entristece este tipo de afirmações, altamente IRRESPONSÁVEIS, quando o "ZÉ POVINHO" que ouve estas coisas nas TV's, Rádio's e Jornais, etc,...comenta, nos cafés, restaurantes, e/ou tascas:
"OS NOSSOS NETOS E BISNETOS É QUE INFELIZMENTE IRÃO PAGAR A FACTURA DESTES MEGALÓMANOS PSEUDO-SOCIALISTAS"

PORTUGAL...QUE FUTURO?...

Começa mais um ano e a situação actual do nosso País continua altamente preocupante.
O défice das contas públicas, a elevada dívida ao Estrangeiro e sobretudo o desemprego crescente são motivos ( entre outros) para antevermos o ano de 2010 como mais um ano de grandes sacrifícios para o Povo Português.
Esperamos que o governo não procure mais uma vez os funcionários públicos para apertar o cinto e continuarem estes a pagar as culpas da crise como tem acontecido nos últimos anos.
É indispensável que o próximo Orçamento de Estado seja realista, englobando todas as contribuições válidas, e que procure minimizar as dificuldades que vivemos no nosso dia-a-dia.
O O.E. deve contemplar também o apoio às PME’s, que são na sua maioria a fonte de emprego principal, bem como o auxílio aos desempregados, sobretudo os de longa duração, e os jovens à procura do primeiro emprego.
Os projectos de investimentos megalómanos tem de ser bem ponderados e avaliados com seriedade os seus eventuais custos/benefícios. Pensamos que em momentos de crise o valor das famílias tradicionais, a sua unidade, e a entreajuda, poderá de algum modo ser o esteio que defenda a sociedade tal como tem acontecido através dos anos.
Estaremos atentos às tentativas de nova revisão do Código de Trabalho bem como à necessidade de garantir a sustentabilidade do sistema de Segurança Social.
Os TSD de Lisboa apoiam claramente todas as medidas válidas para o combate ao alarmante aumento do desemprego.
Um Povo com mais de oito séculos de história tem de encontrar em si a força indispensável para vencer todas as adversidades que se apresentem.
Os Trabalhadores Social Democratas de Lisboa confiam plenamente em Portugal e nos Portugueses.

Lisboa, 8 de Janeiro de 2010

O Secretariado Distrital de Lisboa dos TSD/AML

Por considerarmos este comunicado bastante actual, tomámos a liberdade de o publicar na íntegra.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

170 mil desempregados que não recebem subsídio...


"...O número de pessoas que não têm qualquer apoio cresceu mais de 10% face a 2008...
Em Portugal, há 170 mil desempregados que não recebem qualquer subsídio, quase mais 16 mil pessoas (10%) que há um ano. Porque não trabalharam o número de dias mínimo para ter acesso aos apoios ou estão sem trabalho há tanto tempo que já os esgotaram..."

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domingo, 3 de janeiro de 2010

BALANÇO SOCIAL DE 2009

Um ano negro que não deve ser esquecido

O ano que agora termina foi marcado pelo ruir dos sonhos de centenas de milhares de famílias, que perderam o emprego, caíram na miséria envergonhada e a angústia ensombra-lhes a vida. A crise internacional tem sido invocada para justificar as dificuldades económicas e sociais do País e, de facto, teve o seu impacto no agravamento da crise nacional. Mas se seria irresponsabilidade não reconhecer os efeitos da situação externa na realidade portuguesa, igualmente não se podem nem devem ignorar-se as causas nacionais nas dificuldades que os portugueses estão a sofrer.
Mesmo sem a crise financeira internacional, a condicionar negativamente a economia  portuguesa, nem com um milagre o governo seria capaz de cumprir as promessas feitas, em
particular no que respeita à criação de emprego, ao crescimento económico e à melhoria das
condições de vida dos portugueses. Importa afirmar este facto com clareza, porque a crise internacional não pode servir de desculpa para tudo e, quem recorre a esse argumento, sabe que está a iludir a verdade e a enganar os portugueses.
1. Desemprego é o problema mais grave
O maior drama social dos portugueses na actualidade é o desemprego. Temos de recuar cerca de 30 anos para encontrarmos os actuais níveis de desemprego, com cerca de 470
trabalhadores a caírem no desemprego diariamente em média. Os números do desemprego oficial apontam para 547 mil desempregados, mas os números do desemprego real situam-se nos 627 mil desempregados. O processo de destruição de postos de trabalho não pára, com especial incidência nas micro e pequenas empresas. Ao contrário do que se transmite para a opinião pública, não são as grandes empresas ou as multinacionais que são a maior fonte do desemprego. Esses casos são graves e adquirem visibilidade pela sua dimensão, mas o maior número de desempregados resulta das micro e pequenas empresas, que encerram ou abrem falência às centenas todos os meses.
Infelizmente, mesmo antes da crise internacional, o actual governo já era o campeão do desemprego em Portugal e a tendência é para agravar esta chaga social.
2. Não há políticas públicas de apoio à economia real
As pequenas e médias empresas, que são a base da economia real do País e que são a principal fonte criadora de emprego e de riqueza, foram esquecidas pelas políticas públicas.
Pese embora o governo tenha anunciado várias linhas de crédito e outras medidas de apoio a esta área do nosso tecido empresarial, a realidade concreta demonstra que foram muito poucas as que tiveram acesso a esses apoios. A consequência dessa ausência de políticas adequadas, traduziu-se no fecho de muitas empresas, no aumento do desemprego, na quebra do orçamento familiar e na ruína do pequeno comércio, das pequenas indústrias e oficinas.
E a manterem-se as actuais políticas, divorciadas da economia real, o desemprego vai continuar a disparar em 2010 e ultrapassar os 13%.
3. Relações laborais frágeis
A contratação colectiva marcou passo e não desempenhou o papel que lhe cabe na regularização das relações de trabalho. O trabalho precário, algum sem quaisquer direitos sociais, aumentou e Portugal é o terceiro país da União Europeia com mais precariedade nas relações laborais. Os recibos verdes continuam a aumentar, apesar das medidas legislativas para travar os abusos na sua utilização. Os serviços públicos de Inspecção das Condições de Trabalho revelaram preocupante inoperância, sem a eficácia necessária nos domínios da pedagogia e prevenção.
4. As desigualdades agravam-se
Portugal está mais injusto, com mais portugueses a terem de viver abaixo do limiar da pobreza, enquanto a riqueza se encontra em menos mãos. Muitos dos que caíram no desemprego e que desfrutavam de um padrão de vida médio, que pertenciam às classes médias, estão a engrossar o número de pobres. A exclusão social atinge hoje mais pessoas.
Portugal está mais longe do desenvolvimento dos seus parceiros da União Europeia e acentua as desigualdades entre os seus habitantes e entre as suas regiões.
O retrato real do País, em termos humanos e sociais, é preocupante e não pode deixar ninguém indiferente, porque o que está em causa é a dignidade humana a que todas as pessoas têm direito.
5. É urgente devolver a confiança aos Portugueses
O quadro atrás traçado, é objectivo e exige que o governo tome consciência das medidas inadiáveis que tem de adoptar para inverter este estado de coisas. Não basta afirmar que “há sinais de recuperação da economia”, quando o que as pessoas e as empresas sentem no seu dia-a-dia é o contrário. E não faz sentido a lamúria e o queixume contra quem exerce o seu elementar direito democrático de oposição. O tempo não está para vitimações e querelas artificiais. É necessário um rumo, são necessárias políticas concretas que os portugueses entendam e que acreditem que são as ajustadas para vencer as enormes dificuldades que o País enfrenta. A insistência do governo nas mesmas políticas que até aqui não deram os resultados previstos, não parece ser o melhor caminho para devolver a confiança aos portugueses. Confiança que é vital para romper e ultrapassar a descrença que invade Portugal. Cabe ao governo tomar as iniciativas que julgue adequadas para, com os parceiros sociais e as forças políticas da oposição, devolver a confiança aos Portugueses. O interesse nacional, a situação de emergência nacional em que Portugal se encontra, exige que o governo, partidos da oposição e parceiros sociais estejam à altura da grandeza dos desafios que temos pela frente. Os portugueses exigem esse sentido de responsabilidade da parte de todos os representantes políticos, económicos e sociais.
Os Trabalhadores Sociais Democratas manter-se-ão atentos, sempre do lado dos trabalhadores em particular e dos portugueses em geral, para que políticas sérias e eficazes sejam implementadas em prol do País. Tudo faremos para que o governo governe e não continue na sua política de mistificação, quiçá com o objectivo de antecipar eleições, que só trarão mais incerteza e instabilidade à economia portuguesa.
O Secretariado Nacional
Lisboa, 30 de Dezembro de 2009