sábado, 10 de julho de 2010

ECONOMIA e EMPREGO, "o País andou armado em rico"

Os TSD dizem que nos últimos anos, o País «andou armado em rico». O secretário geral dos Trabalhadores Social Democratas (TSD) considerou hoje que a actual crise económica que afecta o país ficou a dever-se ao facto de Portugal se ter «armado em rico»
«Portugal andou, nos últimos anos, armado em rico, quando podia fazer uma vida moderada, modesta, uma vida de pessoa remediada, que é aquilo que Portugal é», afirmou Arménio Santos à Lusa na Guarda, onde participou num encontro distrital dos TSD sobre «economia e emprego».
Segundo o dirigente nacional dos TSD, nos últimos anos o país teve «um Governo que se vangloriava das grandes obras, dos grandes projectos, das grandes coisas e das grandes operações financeiras».
«Nós éramos mimoseados com anúncios fantásticos, que pessoalmente até gostaríamos de ver o país realizar essas obras, mas nunca pensámos como é que iríamos pagar essas coisas, como se o dinheiro estivesse ali ao canto da caixa», denunciou.
Acrescentou que «o dinheiro para existir, tem que se produzir, tem que se criar riqueza e o país descurou a sua parte vital, que é a economia real».
Em sua opinião esta situação está a repercutir-se «de forma gravíssima em termos sociais», apontando que o desemprego é apenas uma ponta das consequências da crise económica.
O líder dos TSD também afirmou que os portugueses «não têm consciência do estado em que o país verdadeiramente se encontra».
«É o Estado que está endividado, são as grandes empresas que estão endividadas ao exterior, é a banca portuguesa que tem que ir buscar financiamento ao exterior, para poder continuar a fazer os empréstimos às famílias e às empresas», alertou.
Segundo Arménio Santos «nunca Portugal esteve numa situação de tão elevado endividamento externo» como actualmente.
Sobre a introdução de portagens nas SCUT, o secretário geral dos TSD referiu que o Governo PS «optou pela via do não pagamento e agora é forçado a dar o dito por não dito».
Lembrou que o PSD sempre manteve a mesma postura, defendendo o princípio do utilizador pagador.
No encontro sobre "economia e emprego" hoje realizado na Guarda, participaram entre outros, Almeida Henriques, vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD, o Bispo da Guarda, D. Manuel Felício e Álvaro Amaro, dirigente distrital do partido social democrata.
Em declarações à Lusa, o líder local do PSD desafiou o Governo a ter «coragem política» para «tomar medidas públicas activas» para o desenvolvimento da economia e para a criação de riqueza nas regiões do interior.
Álvaro Amaro defendeu a criação de uma Agência Promotora do Investimento no Interior e o pagamento de IRC (Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas) «a partir do zero» para as empresas que optem por se fixar nas regiões menos desenvolvidas.

(Lusa 10-07-10)

Almeida Henriques, referiu-se essencialmente às questões económicas, área que domina bastante bem. Apresentou números bastante assustadores da realidade actual, com exemplos que têm vindo a ser conhecidos pela maioría dos Portugueses.
D. Manuel Felício, na intervenção que fez, demonstrou ser um profundo conhecedor dos problemas que assolam o País e a nossa região e "pediu" ajuda possível para tentar arranjar formas de minimizar situações de "pobreza escondida" que já se verificam um pouco por todo o País. Ficou bastante "atormentado" quando Almeida Henriques, na intervenção que fez, informou que este Governo já retirou mil milhões de euros do Fundo de Coesão, para a construção do TGV.
D. Manuel Felicio deixou esta questão no ar: "imaginem essa quantia distribuida por: Viseu, Guarda e C. Branco"? 
De salientar também, a presença de um dos deputados do nosso Distrito, Carlos Peixoto.
O Dep. J. Prata não pôde estar presente, por motivos de agenda.
A C.Concelhia também se fez representar.
A todos os presentes (incluíndo a C.S.), aqui deixo, em nome dos TSD/Guarda, um agradecimento pela presença e participação neste evento.

ANTÓNIO R. ANTUNES

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