quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

TSD solidarizam-se com Secret. Geral da UGT

Comunicado
CGTP EM DESESPERO DE CAUSA
Por diversas vezes, antes e após a assinatura do Acordo de Concertação Social, os TSD manifestaram o seu apoio ao diálogo social como forma de obtenção de consensos tripartidos que traduzam compromissos que sejam vantajosos para as partes e para a sociedade portuguesa no seu todo mormente na presente conjuntura.
Sendo até compreensível que, de acordo com a tradição e com uma visão redutora que a CGTP – Intersindical sempre teve da Concertação Social, esta Central tenha optado pela facilidade do tacticismo, de se eximir à assinatura e à própria negociação tripartida do Acordo já não é admissível que não olhe a meios para denegrir o compromisso livremente celebrado entre as partes em nome dos interesses que representam mas, acima detudo, em nome do superior interesse nacional.
A CGTP sempre se colocou na Concertação Social na posição fácil de quem nada acorda porque sabe que, em última análise, há uma outra Central Sindical que se comporta de modo responsável e procura minimizar, para vertente do Trabalho, as consequências mais funestas das propostas em cima da mesa.
Apesar deste padrão de comportamento habitual da CGTP já nada ter de novo entendemos que, desta vez, foram ultrapassados os limites da decência democrática ao pretender apresentar uma participação criminal contra João Proença, Secretário-geral da UGT, em virtude de eclarações proferidas numa entrevista radiofónica à Antena 1 e nas quais deu conta que, em conversas do foro privado, alguns dirigentes da CGTP o teriam incentivado a negociar o Acordo já que a CGTP estava impedida de o fazer.
Ora, se do ponto de vista jurídico, tal intenção não faz qualquer sentido uma vez que tratam de conversas de carácter privado com interlocutores cujos nomes foram omitidos, apenas se pode compreender tal afinco forense como um acto de desespero da CGTP numa tentativa de dramatização em desespero de causa e pouco respeitadora da ética democrática.
Não deixa aliás de ser interessante uma análise semiótica ao comunicado daquela Central a este respeito (em http://tinyurl.com/84lypn2) já que a linguagem utilizada é em tudo semelhante ao léxico do PCP como facilmente se comprova pela utilização da expressão “acordo de agressão aos trabalhadores” que nos relembra o tão glosado “pacto de agressão” como este partido define o “Memorando de Entendimento” com a Troika.
Perante este tipo de comportamentos, os TSD não podem deixar de, por um lado, denunciar a situação e, por outro, de se solidarizar com o Secretário-geral da UGT nesta autêntica tentativa de assassinato de carácter.
A demagogia não pode prevalecer em Portugal!
Ao invés, o sentido de responsabilidade tem de ser incentivado!
Ontem e, de novo, os Parceiros Sociais responsáveis souberam estar à altura do momento de particularmente difícil que Portugal atravessa contribuindo com o compromisso alcançado para o aumento da competitividade, o crescimento e o emprego.

Lisboa, 19 de Janeiro de 2012
Pelo Secretariado Nacional,

Pedro Roque

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