quarta-feira, 18 de novembro de 2009

TSD surpreendidos com Ministra do Trabalho...

COMUNICADO
A Ministra do Trabalho manifestou ontem a sua surpresa com os números do desemprego em Portugal e os TSD estranham essa surpresa.
De facto, as declarações da titular do Ministério do Trabalho só demonstram que não acompanha nem conhece a realidade do País na área económica e do emprego.
Para o governo só contam, pelos vistos, os desempregados das grandes empresas e que são objecto de notícia na comunicação social. Os trabalhadores provenientes das micro e pequenas empresas de todos os ramos de actividade, que todos os dias engrossam às centenas o número de desempregados, passam ao lado das atenções do governo.
Os números do desemprego são essencialmente resultantes da falência e encerramento de micro e pequenas empresas, que não aguentam as consequências da crise e que o governo nunca tomou medidas concretas para apoiar este segmento do nosso tecido empresarial.
Os números do desemprego mostram que as políticas de apoio às PME’s, repetidamente anunciadas pelo governo, falharam. Como se previa e como sempre alertamos.
Mas, infelizmente, os números reais do desemprego em Portugal não são apenas os que ontem vieram a público pelo INE.
Há muitos desempregados que já não acreditam nos serviços públicos de emprego e não se inscrevem no IEFP; há milhares de pessoas que trabalham meia dúzia de horas por semana e não são contabilizadas como desempregadas; há milhares de desempregados que estão integrados em acções de formação profissional ou de baixa médica e que não contam para as estatísticas do desemprego. Ou seja, os números reais do desemprego em Portugal ultrapassam claramente os 600 mil e rondam os 11%.
O governo tem obrigação de conhecer estes números e esta realidade.
Por isso, os TSD estranham a surpresa da Ministra do Trabalho pelos números do desemprego, porque os que ontem foram divulgados ficam aquém da realidade e, se o governo insistir nas suas políticas erradas, seguramente que o resultado vai ser o agravamento do flagelo do desemprego.

Lisboa, 18 de Novembro de 2009
O Secretariado Nacional

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