quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Perseguição aos Sindicatos

Quatro sindicalistas lamentaram ontem ter sido obrigados a sentar-se no banco dos réus por terem participado numa concentração que, sem ter procedido qualquer informação prévia, se manifestou contra o governo de José Sócrates, durante o Conselho de Ministros informal realizado em Outubro de 2006 em Guimarães.
"É um acto de perseguição à actividade sindical e que vai contra o direito de qualquer cidadão em poder manifestar-se livremente. Nunca se viu na democracia", protestou Adão Mendes, coordenador da União de Sindicatos do Distrito de Braga (USB). Está acusado do crime de desobediência qualificado, tal como os dirigentes sindicais Francisco Vieira, Margarida Leça e José Cunha. Todos negaram qualquer envolvimento na organização da manifestação. Apenas participaram num movimento espontâneo, porque se encontravam nas imediações. "Se fosse organização do sindicato não estariam só 50 pessoas, sem bandeiras nem altifalantes", contrapôs Francisco Vieira, lembrando que só viu a tarja ‘Guimarães mais pobre’, feita por utentes do centro de saúde encerrado. Adão Mendes estranhou que não tenha sido instaurado processo a outro ajuntamento de 50 pessoas que aplaudiu a comitiva ministerial, numa acção supostamente promovida pelo PS local.

Mário Fernandes
Correio da Manhã
(21-01-09)
É bastante lamentável, quanto a nós, TSD/Guarda, ver na comunicação social este tipo de notícias! Nem no tempo do Prof. CAVACO se viu isto!!... Independentemente dos Sindicatos em questão, estes trabalhadores apoiados pelos seus Deleg. e/ou Dirigentes Sindicais, manifestaram-se publicamente, sem efectivamente ter avisado para isso e agora estão a braços com a justiça. Relembramos aqui esta frase de uma "figura de esquerda" bem conhecida da praça pública: "os trabalhadores têm direito à indignação" ! Como é que é possível que um 1º Ministro (...de esquerda???...) tenha vindo a tomar medidas aínda mais de direita que aquilo que era esperado? Quando falamos aqui de "esquerda", referimo-nos ao facto de um 1º, cujas linhas programáticas do partido, do qual é MILITANTE, são de esquerda e toma posições (...e faz aprovar leis...), que seríam previsíveis em alguns partidos de direita ou extrema-direita? E aquela situação de mandar a polícia a uma escola da Covilhã para saber quem fazia greve?? E a questão dos Professores?? E aquelas situações que se passam nas Empresas públicas e ex-públicas, onde alguns "comissários políticos" (...leia-se, chefias tipo... YES, SIR... ), amedrontam os Deleg. Sindicais e os subordinados que não sejam da "côr" prejudicando-os inclusivamente nas Avaliações de Desempenho?!... Muitos trabalhadores, com quem temos falado, têm manifestado estas preocupações, mas avisaram-nos logo, que não podíamos falar, nem em nomes, nem na Empresa, para não sofrerem represálias!... Afinal, vivemos em que regime??? E........já agora deixamos aqui esta pergunta: Onde anda a UGT (..se é que aínda existe!...)???!!!...

Antonio R. Antunes

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