terça-feira, 20 de janeiro de 2009

UM GOVERNO SEM RUMO E DE CABEÇA PERDIDA


COMUNICADO

Os portugueses têm vindo a assistir, cada vez com mais insistência, à incapacidade do Primeiro Ministro e do governo/PS de fazer face aos problemas políticos, sociais, económicos e financeiros que o país atravessa.
Perdida que está a “grande e única bandeira” do controle do défice orçamental, de resto conseguida à custa do brutal agravamento fiscal sobre os trabalhadores, as famílias e as empresas, e incapaz de enfrentar a crise que criou bem como os problemas emergentes do “sub-prime”, conhecidos há largos meses por vastos sectores da sociedade portuguesa, vira-se agora para os estafados temas do choque tecnológico, também ele outro “fiasco” deste governo.
De facto, incapaz de continuar a esconder as duas crises que corroem a economia e a vida dos portugueses, às quais acresce uma dívida externa paralisante, nada mais lhe resta do que anunciar sucessivas injecções de dinheiro em tudo o que cheira a grandes negócios e pode ser factor de propaganda, mas de forma desordenada, tipo “tudo ao molho e fé em Deus”.
Com essas operações de propaganda, o governo tenta desviar as atenções dos que sofrem com o desemprego, a precariedade, os salários e as reformas miseráveis, as falências e o endividamento das PME´s e, imagine-se a desfaçatez, virar em seu favor e transformar em trunfo eleitoral as dificuldades com que os portugueses se confrontam.
Durante 2007 e até Outubro de 2008, perante a constatação da sua incapacidade de proceder às reformas estruturais essenciais ao desenvolvimento do País, reinou o “oásis” do medíocre crescimento económico, do crédito, do “controle do défice”, etc, contra tudo o que era oposição ou opinião técnica abalizada. Foi assim que, em Outubro.2008, os portugueses foram presenteados com os contornos de um Orçamento de Estado delirante, com o 1º Ministro e o seu governo a demonstrarem que viviam num Portugal que só existe no “Palácio de S. Bento” e no “Largo do Rato”. Dois meses depois, levando em cheio com a crise do crédito imobiliário e face à grande debilidade estrutural do país, claramente agravada nestes últimos quatro anos, acabaram as ilusões mas…em versão ligeira.
Agora, o governo acaba por fazer um Orçamento Rectificativo, logo no primeiro mês da sua vigência, e promete um conjunto de medidas para combater uma crise que ainda não compreendeu nem nunca chegará a compreender!
Dois/três dias passados sobre esse anúncio feito com “pompa e circunstância”, chegam novas previsões da Comissão Europeia, estas mais realistas, que podem estragar a “festa” aos socialistas, ao governo e à sua estratégia eleitoral.
Mais compenetrados de que os portugueses acabam por vir a conhecer a verdade - pese embora os discursos patéticos do 1º Ministro sobre as responsabilidades da crise internacional em exclusivo - não só não sabem o que fazer como, já com a máscara a cair, admitem todas as futuras revisões das suas projecções, bem como as rectificações que forem necessárias ao Orçamento de Estado. Por outro lado, no início timidamente mas agora descaradamente, começam a adoptar algumas medidas propostas pelo PSD, que antes denegriram e derrotaram na Assembleia da República, como é o caso das PME’s - mas de forma avulsa, pelo que, só por si, fora de um plano integrado de construção de um futuro mais sólido para Portugal, poucos resultados conseguirão. O “consulado” socialista encaminha-se para o seu justo ocaso! José Sócrates, um líder de plástico, que tem manipulado a crise internacional para fazer esquecer o fracasso completo dos primeiros três anos e meio da sua governação e para transmitir aos portugueses a ideia enganosa de que as dificuldades actuais se devem exclusivamente a factores externos, está a revelar nesta crise que não tem capacidade nem visão política para enfrentar os problemas e os desafios que se colocam ao País. José Sócrates não acerta uma medida, toma medidas tarde e a más horas, sempre a reboque dos acontecimentos e por imitação do que se faz lá fora. É um Primeiro Ministro com discurso e com imagem, mas sem ideias, sem um projecto nem um rumo para o futuro de Portugal. Aos Social Democratas e aos portugueses, que querem e acreditam num futuro melhor para Portugal e para os seus filhos, que não se resignam ao atraso e à cauda da Europa, compete uma atitude responsável de denúncia deste poder e construir uma alternativa política capaz de devolver ao País a confiança e a esperança.

Lisboa, 20 de Janeiro de 2009
O Secretariado Executivo

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